Despedida
As fotos são apenas
Retratos para esquecer
O sangue já não é sangue
Apenas algo que me faz ainda dar
Os últimos suspiros
Em forma de despedida antecipada
Esta carta escrita sobre a luz fraca dos candeeiros
Da estação dos caminhos de ferro, suja de mais
Herr Gluck acena-me da linha 1
Mal sabe ele, ser o ultimo a acenar-me...
Ontem...
O cheiro a óleo nas madeiras que prendem os trilhos
Estão retorcidos pelo passar do tempo
As lágrimas que se vertem sobre a folha
Tingindo o até agora escrito
São minhas
A vontade enorme de encontrar a liberdade
Nem que seja por um segundo
Mas fraco, fraco demais
Revendo o passado cada vez mais presente
O sonho cada vez mais ausente
A dar cada vez mais...
Eu mesmo
O jardim de árvores sussurrantes
Os passe-partouts carregados de doces sorrisos
Cada vez mais o abismo que se abre frente a mim
As veias sentem que estão perto do fim do seu trabalho
Morro triste e usado
Com os olhos vermelhos, a voz trémula
Que já nem eu ouço
Fim.
David Freischuetz, 04/09/07
martes, 4 de septiembre de 2007
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